Simpósio Merck Inibidores do MET na prática clínica e gestão do doente com CPNPC

As oportunidades que o tepotinib configura no tratamento dos doentes com cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC) estiveram em destaque no simpósio promovido pela Merck na AEOP17.

Moderada por Ana Filipa Nascimento, enfermeira oncologista da ULS Gaia/Espinho, a sessão contou com a participação da Dr.ª Rita Rosa, médica pneumologista do IPO de Lisboa, que começou por contextualizar esta doença oncológica, salientando que no CPNPC, a presença de alterações genéticas acionáveis (AGA) em certos genes driver são responsáveis pelo crescimento tumoral; os doentes portadores de certas mutações podem beneficiar de terapias direcionadas; a presença destas mutações pode ser avaliada através de biópsia de material sólido ou biópsia liquida (seja por sangue periférico, LP).

O tepotinib – skipping do exão 14 MET no CPNPC estadio avançado/metastático – foi aprovado em fevereiro de 2022 pela EMA enquanto tratamento de segunda linha no CPNPC com skipping do exão 14 do MET após tratamento prévio com imunoterapia e/ou quimioterapia contendo platina.

Com base na evidência disponível, o tepotinib configura uma terapêutica no geral bem tolerada, com eventos adversos geralmente ligeiros ou moderados. De acordo com a Dr.ª Rita Rosa, este fármaco oferece “uma oportunidade única para ajudar na mitigação dos eventos adversos, desde que a terapêutica seja acompanhada de uma educação e monitorização proactiva, com reconhecimento atempado”.

Entre as mais-valias do tepotinib neste contexto, a oncologista destacou ainda o facto de representar um apoio na adesão à terapêutica e na manutenção da qualidade de vida. “Ao reduzir interrupções de dose e, consequentemente, maximizar a duração de tratamento, os outcomes com tepotinib podem ser otimizados”, concluiu a especialista.